domingo, 1 de agosto de 2010

menor que três.

As noites abraçavam nossas línguas e éramos totalmente agraciados com o nirvana da incerteza e com a conformação das confusões do mundo desequilibrado e desigual. Quem haveria de nos chamar enquanto liderávamos nossos corpos em direção ao prazer tão próximo e tão distante do gozo, tão animal, mas tão suficiente? Nossos corpos em contatos diretos, eternamente inseparáveis durante cada segundo que se desfazia nos relatores de tempo presos à parede; cada momento após o outro, sentindo a felicidade fatal e destruidora sob olhares externos.
Como pode existir tamanha felicidade em alguém tão pequeno? As expressões todas gravadas, guardadas na infalível armadilha que planeja a memória, tão árdua em sua função de captar aquilo que acaricia apenas nossos anseios e nosso bem-estar. Como tu me fazias bem e me completavas. Me fazias rir com graça e com desprendimento. Me guiava ao presente e ao futuro, saciado em cada parte de mim, com meus braços a esperar pelos abraços. Com o gosto infinito do último beijo.

E hoje... esse sol vago na janela.

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