quinta-feira, 12 de agosto de 2010

deixa o vento soprar, let it be

Eu apenas queria que você soubesse que os dias ensolarados ainda estão guardados comigo, e que cada segundo engolido pelo tempo apenas construiu melhor quem sou hoje. Hoje, mais do que qualquer dia, enxerguei o meu reflexo honesto, delineado em cada parte das imperfeições da minha sinceridade e da minha nudez.
Enxerguei quando amanheceu um velho sol lutando por espaço com algumas nuvens pesadas, é verdade, mas foi nesse momento raro da aurora que finalmente entendi que a vida, ora insofrida, ora doída, é o resultado da memória e das perspectivas, cuja experiência concebe os traços com sabedoria. No entanto é tão necessário reiterar o quanto o tempo deverá ser forte para borrar nosso alumiado encontro da paz. E, a cada desilusão iminente, sairei fortalecido, porque a peleja é o clichê da vida. E não importa o que digam meus músculos e minhas desventuras, eternamente o outro dia mais rijo me terá. Descobrirei diariamente novos pedaços meus, encaixarei minhas dúvidas com minhas réplicas e, com a tranqüilidade de cada amanhecer, depreenderei melhor o que sou exatamente.

Não importa o que falem teus olhos, eu não estou mais aqui.

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